terça-feira, 31 de maio de 2011

War Photographer ( Fotógrafo de guerra) - James Nachtwey


 Mesmo que não seja objetivo do blog, vou postar alguns dos meus trabalhos da faculdade, sejam eles resenhas, textos, criticas, reportagens, matérias de rádio, TV ou mesmo crônicas. Todo o trabalho que tenha um cunho mais " cientifico" ou mesmo de produção em Jornalismo, curso que frequento, será apresentada na tag " Black News", traduzindo ao pé da letra seria notícias negras, mas que no contexto, quer dizer que são notícias "minhas".Espero que gostem, mesmo sendo textos mais de academia, são interessantes, e valem a pena fazer a leitura. Esta resenha é sobre o documentário " War Photographer", curta que assisti juntamente com meus colegas de turma, que narra o cotidiano do importante fotógrafo americano James Nachtwey. É um ótimo documentário, mesmo sendo em inglês, e ainda não apresentando legendas em português, é legal assisti-lo, pelo menos com legendas em espanhol. Boa leitura.

 FICHA TÉCNICA 

Título: War Photographer ( Fotógrafo de Guerra)
Direção: Christian Frei
Estrelando : James Nachtwey, Christiane Amanpour, Hans-Hermann Klare , Christiane Breustedt, Des Wright, Denis O'Neill
Gênero: Documentário
Ano: 2001
96 minutos

James Nachtwey


O ducumentário “ War Photographer” dirigido por Christian Frei, é uma narração real do cotidiano de um dos fotógrafos mais premiados e reconhecidos da atualidade, o americano James Nachtwey. Com uma linguagem diferenciada, focada na prática do fotojornalismo de guerra, o documentário, que tem duração de 96 minutos, nos mostra cenas de guerras, destruição, pobreza, dor e conflitos em cenários decadentes que procuram exibir o outro lado da fotografia, a realidade destes conflitos.
O diretor é Christian Frei, um suíço de 52 anos que é conhecido pelos seus documentários que procuram sempre retratar a intolerância e o medo humano. Atualmente trabalha em um projeto de produção de um longa sobre a guerra do Afeganistão.
O documentário inicia-se com James em uma casa pegando fogo em Kosovo,  fazendo seu trabalho, o de tirar fotos. O crepitar do fogo demonstra a destruição que assola o lugar. James tira várias fotos, e o barulho do “click’ se mistura com o do fogo.
Durante o filme vários jornalistas, editores e amigos contam um pouco da experiência que viveram com Nachtwey, sempre o retratando como um homem simples, apaixonado pelo seu trabalho e incansável. Em uma das cenas, uma das principais características do fotógrafo é apresentada, o perfeccionismo. A cena mostra Nachtwey em seu laboratório fotográfico analisando a reprodução em tamanho de pôster de uma das suas mais famosas fotos, a da cabeça de uma criança negra, e ao fundo a destruição que toma conta do lugar em que ela se encontra. Nachtwey pede para o laboratorista refazer a imagem diversas vezes, sempre procurando mostrar ou dar enfoque para alguns detalhes, como por exemplo, o céu ao fundo do garoto. 

Foto: James Nachtwey

Duas cenas que chamam atenção são a de um enterro fotografado por James, a dor dos parentes, especialmente da possível mãe do morto em combate, e a cena em que os editores do periódico em que o fotógrafo trabalha recebem suas fotos, as analisam e escolhem as mais “ chocantes” para a próxima edição.
Uma característica que particulariza o documentário e retrata de forma mais dinâmica e próxima da perspectiva do fotógrafo, é  as imagens produzidas por uma pequena câmera colocada logo acima da máquina fotográfica que Nachtwey geralmente utiliza em seus trabalhos. A partir das imagens produzidas o espectador pode perceber melhor o olhar que ele possui e também a forma como ele trabalha, sempre o mais próximo possível, de forma ágil e silenciosa.
O documentário também apresenta o depoimento de James sobre o seu trabalho, e um pouco sobre sua vida pessoal, mas sempre com foco em seu trabalho. O foto jornalista possui um apartamento em Nova Iorque, mas, pelo que se percebe, pouco tempo ele passa neste local, pois sempre está viajando a trabalho. Em seu depoimento James fala sobre sua decisão de se tornar fotógrafo de guerra, profissão que exerce desde 1980, e conta como se sente com relação a tudo o que já presenciou. Ele afirma que é necessário alguém para divulgar o que acontece no mundo, e este é o seu papel.
As fotos produzidas por Nachtwey são na maioria em preto e branco, e por se tratarem sempre do sofrimento e da dor, representam o luto em imagem. James acredita que por mais que o que faz seja profissional, é impossível não se chocar, ou se relacionar com o que se retrata ou com quem se retrata, e este é um dos temas discutidos no documentário.
A partir destes enfoque o documentário acompanhando os trabalhos de Nachtwey em vários lugares do mundo, desde a África do Sul, Indonésia e Kosovo.
Um dos trabalhos  do fotografo  que também é retratado é quando ele passa alguns dias com uma família indonésa que vive na pobreza em baixo de um viaduto e ao lado de uma linha de trem. James fotografa o cotidiano, as dificuldades e o sofrimento da família, que é constituída por três crianças, a mãe e o pai que possui apenas uma perna e um braço.

Foto: James Nachtwey


Para finalizar também é mostrado o trabalho de James retratando a vida profissional de um grupo de trabalhadores de uma mina na Ásia.
Com uma trilha sonora condizente com o tema retratado, e com um toque profundo, o documentário é capaz de horrorizar o espectador e também emocionar.Direcionado para estudantes de jornalismo, mas também para todos que se interessem por história, ou mesmo pela vida humana.
A principio o foco central do documentário em questão é o retrato da vida profissional de James Nachtwey, partindo da prática do fotojornalismo de guerra, e sua produção. Muitas vezes, se percebe que este foco vai além da vida de James, e procura retratar bem mais do que as lentes do famoso fotógrafo alcançam. O foco é na verdade o sofrimento humano, e tudo que fica além de uma imagem. As dores, a morte, a fome, a decadência, fragilidade, medo, o luto. Todos estes contextos apresentados por meio de imagens, que ilustram as páginas de jornais e revistas de todo o mundo, mas que apenas contam um momento, um instante de vidas que sofreram por toda a sua caminhada. O documentário foi premiado com vários prêmios e chegou a ser indicado ao Oscar em 2002, o principal prêmio de cinema.

Foto: James Nachtwey


Você pode saber mais sobre o documentário no site > http://www.war-photographer.com/

8 comentários:

  1. Will, amei o post *__*

    Fiquei feliz ao saber que agora você comece a postar alguns trabalhos da faculdade, ainda mais hoje que fala sobre fotografia e problemas sociopolíticos. Muito interessante mesmo.

    Parabéns pelo trabalho

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  2. interessantíssimo, expor esses trabalhos acho que só irá acrescentar ainda mais nesse blog incrível seu, e agora, pow fiquei foi com vontade de ver o documentário!!!

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  3. Nem sei o que dizer direito...Adorei sua postagem!!!

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  4. Gostei muito vou assistir o Documentário!

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  5. Baixar o Documentário - Fotógrafo de Guerra - http://mcaf.ee/arbcg

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