sábado, 13 de outubro de 2012

Evanescence em São Paulo - 07/10/12

Faz uma semana que tive um dos dias mais especiais na minha vida. Pode parecer exagero, mas quem me conhece sabe o quão importante é o Evanescence. No dia 07 de outubro de 2012 fui ao show da banda em São Paulo mais especificamente no " Espaço das Américas". Vou resumir meu dia e tentar explicar um pouco da emoção que eu, e outros milhares de fãs, sentiram naquela noite. 



O Evanescence chegou ao Brasil no dia 03 de outubro pra realizar 5 shows no país. Pela quarta vez, a banda passaria por Porto Alegre (04), Rio ( 06 ), São Paulo (07), Recife ( 11) e Fortaleza (13). Passariam mais de 10 dias no país em uma turnê quase que exclusiva no Brasil. Eles já haviam estado no Brasil outras 3 vezes  Em 2007 eu tinha apenas 15 anos e ninguém disposto a me acompanhar em Curitiba. Em 2009 não tinha dinheiro pra ir ao show do Maquinária. Em 2011  eles vieram para o Rock In Rio, aí as coisas já estavam mais tranquilas para mim. Quando acabou o festival, Amy Lee disse: " See You next Year", e pensei: " Com certeza estarei lá", hehe.



Encontrei um amigo de Londrina que também queria ir, o Fernando Montenegro, e fomos juntos. Comprei o ingresso no dia 16/08 quase que 20 minutos depois que liberaram as vendas. Pista Premium, com o ingresso na mão, só restava a ansiedade. O dia do show era também dia de eleição, portanto tinha alguns motivos pra me fazer desistir, como por exemplo, não ser liberado pra folgar na segunda ( pós show ). Mesmo assim fomos. 



Fernando e Eu na fila do show, representando Londrina.
Não dormi de sábado pra domingo devido ao calor e a ansiedade. Às 4:00hrs da manhã "acordei" pra tomar banho, e as 5 já estava no aeroporto. Nosso voo saía às 6:00hrs de Londrina com escala em Curitiba. Na capital paranaense tivemos a notícia que o voo pra São Paulo foi cancelado, e ficamos mais de 2 horas no aeroporto. Aproveitamos e justificamos o voto pra chegar em São Paulo às 10 da manhã. De Garulhos pra Congonhas, pegamos ônibus e Metro pra chegar no Espaço das Américas. Com medo de se perder na maior capital da América Latina, eu e o Fernando parecíamos dois turistas medrosos em São Paulo. Quando chegamos à Barra Funda nos sentimos em casa. Dezenas de jovens de visual roqueiro e camisetas do Evanescence e do The Used ( que faria a abertura do show). Corremos pra fila, e logo fizemos amizade com dois garotos de Santa Catarina ( que alias perdemos o contato ). 

Eu e Mateus Nascimento do Rio Grande do Sul

Apesar de cansados e com fome, fomos direto para a fila e isso foi desanimador. Lá, vimos que não seria fácil, pois estava um calor de 35º graús ( no mínimo ) e nós estávamos com roupas pretas e havia uma fila imensa na Premium (Vip). Ficamos na fila das 12:00hrs até as 19:00hrs em baixo de uma sombrinha cara e ruim ( R$10,00), com ambulantes nos oferecendo coisas a todo o tempo, um sol escaldante e apenas com um pedaço de torta no estômago. Mas, me perguntem se valeu a pena? Sim, cada segundo. A fila pode ter sido difícil, pois estávamos ansiosos e cansados da viagem, mas conhecemos pessoas muito legais, àquelas que sempre achamos que nunca veriamos na realidade e que conversávamos durante horas via internet. Pois é, conheci alguns e isso foi um ponto alto do dia 07/10. Outra coisa que não sai da minha lembrança é quando a banda chegou. Dezenas de seguranças e os fãs na grade gritando. Lembro que vi apenas o cabelo da Amy brilhando ao sol, hehe. O Terry ( guitarrista ) foi o mais simpático. Saiu pra fumar umas duas vezes, e todas elas nos acenou além de responder nossos gritos.Consegui tirar fotos com algumas pessoas da fila.

Pessoal que estava logo a minha frente. A fila estava bem maior que isso.


O dia passou lentamente e entre cantorias, conversas e gritos chegou o momento de entrar no Espaço das Américas. Depois de passar pelos seguranças, sai correndo pra pegar um lugar mais próximo, e eis que pago um mico. Meus pertences caíram da minha bolsa no chão, e o segurança disse: " PEGA!". Sem pestanejar enfiei pasta dentária, pulseiras e demais objetos na bolsa e fui atrás do Fernando. Ficamos mais uma hora em pé à espera do The Used que abriria o show. Aquela foi a hora mais demorada que tive durante o dia. Estava calor, eu estava com sede e com fome. A sorte é que eu tinha um pacote de bolacha na bolsa, hehe. Às 20hrs o The Used entrou no palco. Eu estava ansioso pelo Evanescence, mas os caras me surpreenderam. O som deles é algo que me lembra My Chemical Romance misturado com Simple Plan e eu só conhecia um música " The Bird and The Worm", mas eu curti o show. Foi uma ótima abertura, e apesar dos fãs de Evanescence ( que eram maioria é claro ) e The Used se alfinetarem, tudo correu bem. 



O show de abertura acabou 15 para as 21hrs, e minha ansiedade aumentou. Comecei a ficar preocupado com minha posição, pois estava a uns 4/5 metro do palco, teoricamente perto, porém sou muito baixo (1,70 eu acho), e tinha gigantes por lá. Encontrei um espaço entre as pessoas que me ajustava e segurei no ombro do Fernando à espera de Amy Lee e trupe entrar. Eu sabia que iria chorar, que minha voz ia sumir, que iria cantar todas as músicas, mas foi mais que isso, foi surpreendente. Pouco antes do show começar uma menina desmaiou do meu lado, já que o calor estava absurdo ( mesmo com ar condicionado ). Eu a estava ajudando quando a banda entrou no palco. A menina que estava mal, esqueceu de tudo e começou a gritar, e eu também. Achei que fosse desmaiar em What You Want, porque todo mundo estava gritando e me levando pra frente, não conseguia me controlar. Me recuperei e comecei a cantar com a banda pulando o mais alto que podia e gritando.



Além da Amy, os rapazes estavam muito bons. Terry com seus usuais bate cabelo; o Will é o mais agitado na bateria, quase não dá pra ver seu rosto de tanto que balança; Troy ficou bem pertinho de mim, e quase sempre gritava conosco. O Tim é mais na dele, mas sempre compenetrado no show. Quase peguei uma baqueta que o Will jogou no fim do show, mas foi um rapaz atrás de mim que conseguiu.



O som do pessoal gritando e cantando era muito alto. As pessoas pulavam e balançavam as mãos como se fossem cair, e eu fui junto. A primeira música acabou que nem vi e quando percebi já estava cantando Going Under. Foi ai que vi bem de perto a Amy Lee. Ela se aproximou do lado direito, onde eu estava, e percebi que ela era a mais linda. Talvez seja exagero, mas ela parecia uma fada naquele vestido esverdeado combinando com os olhos claros. O cabelo preto brilhando com as luzes do palco, e a pele branca e porpurinada misturada ao calor que as batidas de cabelo da Amy proporcionavam. Senti um arrepio, pois ela estava na minha frente. Sabe o que é ver oito anos de desejos realizados? Então foi isso que senti, era a realização de um sonho, e cada pensamento meu voltava a isso. Eu me lembro de ter gritado e pulado muito em " The Other Side" e "Weight of The World". Cada agudo da voz da vocalista era um arrepio. Eu ainda não havia chorado, me sentia hipnotizado pela voz da Amy Lee. Algo poderoso e vibrante que tremia o coração. Eu chorei em "Made of Stone" na ponte da música, quando a Amy canta sem o som da banda e me arrepiei muito mais quando entrou o piano e ouvi o som de " Lithium", simplesmente minha segunda música favorita. "Lost in Paradise" e 'My heart is Broken" eu chorei cantando, porque não conseguia parar. Lost in Paradise que, aliás é o novo single, foi um dos pontos forte do show. Na parte em que é cantada " Run Away, Run Away", eu senti uma vibração indescritível e emocionante. 



Parei de chorar depois que o grande piano saiu e vieram " Oceans", " The Change", " Call me When You're Souber", " Imaginary", " Bring me to Life" ( que sempre é um ponto alto, pois todo mundo canta a parte do Paul ). Pulei uma que é " Whisper", pois preciso falar deste momento. Eu sempre adorei os Lives desta música, pois além de ter uma letra forte é muito agitada e a banda sempre arrebenta. Eu vi uma banda em uma era diferente nesta música. Eu senti uma vibração das épocas antigas, quando o Evanescence ainda era da massa e tocava nas rádios. Eu vi giros de cabeça e emoção na voz do público cantando, e foi muito bom, e foi uma das melhores, impossível decidir.

Nestes shows no Brasil, o Evanescence nos apresentou " If You Don't Mind", uma música gravada pro "The Open Door", mas que nunca foi lançada. Era a última remanescente daquela era, e segundo a banda, eles estavam esperando o momento certo pra isso.  Com uma voz doce, diferente da potência demonstrada nas canções, Amy disse que não tinha lugar melhor para estrear "If You Don't Mind" do que no Brasil, e demonstrando como os fãs brasileiros são bons, boa parte já até sabia cantar a letra. Após "If You Don't Mind" eles saíram, mas pra quem já havia visto outros shows, sabíamos  que eles iriam voltar se a galera fizesse barulho. Em Porto Alegre e no Rio, o Evanescence cantou " Lacrymosa" e " My Immortal" no encore, mas em São Paulo nós queríamos Disappear. Só os fãs do Evanescence para amarem tanto um b-side e gritamos muito. Amy Lee e cia. voltou e perguntou " O que vocês estavam gritando?", e nós respondemos " DISAPPEAR", e este foi outro ponto alto do show. 




Nada melhor do que finalizar com uma balada e " My Immortal" pra mim era uma das mais aguardadas. Sempre me emociono com os lives desta música, e agora que estive lá, posso dizer: É impressionante, e como é linda. Quando começou eu chorei, e olhava para os lados, todos estavam chorando juntos. Uma Evfã que nunca vi na vida me abraçou e cantamos juntos. Havia ao meu lado, um rapaz de 1,96 de altura ( eu perguntei pra ele ), e ele chorava tanto quanto eu. Minha pele se arrepiou muito quando todo mundo cantou junto, e no clímax da música estourou uma chuva de papéis que se grudaram no corpo dos fãs, fazendo com que tudo fosse mais perfeito ainda. Chorei porque realizei um dos meus sonhos e chorei porque tinha acabado. Mas não tinha como ser mais perfeito. No twitter, Amy Lee disse que este show de São Paulo foi um dos seus melhores e favoritos, e que se sentiu arrependida de não ter gravado...



Após o show, ainda sai com um pessoal que conheci por lá e dormi muito, pois no outro dia seriam mais horas em aeroportos e aviões, e no final do dia, trabalhei das 17:00hrs até às 23:00hrs. Cansado? Sim. Arrependido? NÃO. Foi um dia muito especial, e tinha que compartilhar no meu blog. Não sei se alguém vai ler isso tudo que escrevi, mas o importante é que está registrado, e espero que consiga realizar meus próximos sonhos, e porque não conhecer Amy Lee e trupe de perto?

Henrique Lee - Um fofo, esbarrei com ele logo depois do show, ainda estavamos euforicos

Eu + Yan - Não é que realmente nos conhecemos?

OBS: As fotos do show não são minhas, não tirei fotos, na vdd até tirei, mas nenhuma boa. As fotos são do fotógrafo Leandro Anhelli ( LINK > http://www.anhelli.com.br/evanescence.htm/)



3 comentários:

  1. Muito bom, assim como você acho que muitos fãs dessa banda deve ter sentido a mesma emoção, deve ser muito bom mesmo ver a banda que você gosta.

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  2. Nossa Will você realmente falou de tudo que fizemos.... descreveu com perfeição o quão grande foi nossa emoção na realização desse sonho... não podia ter escolhido pessoas melhores que você e o Sweet (guilherme) para me acompanharem nesse show... you rock

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  3. Sim, tens razão Leonardo. Mas tive um dos dias inesqueciveis da minha vida, por N motivos. Agradeço, foi uma realização de sonho, e não vou esquecer. ;D

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