sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Segredo



Conte-me o segredo da sua alma
Recita-me o poema do seu interior
Cante as verdades da sua calma
Perceba os arrepios do meu amor

 Sonhos versados num passado distante
Despertar não é a vontade de quem já se foi
Olhos vendados, medo massacrante
A sua alma não se revela, medo ou dor?

Desvendo a natureza da sua verdade
Devagar eu sinto sua leve respiração
Protejo meu olhar contra nossa vontade
Revelo a senha do seu coração

Devagar eu sinto cada novo suspiro
Segredos e medos revelados ao vento
Um último som, seu leve respiro
E no fim eu percebo: O segredo é o tempo.

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