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segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Nublado
Há momentos em que tudo perde o sentido
E a vida parece cair
Nos sentimos como se estivessemos partindo
Um último aceno, pra onde devo ir?
No Céu
Há Nuvens negras
Dançando um compasso sem fim
O vento sopra logo uma dança
Que balança e balança
Mas agora vem o cheiro da chuva
Um cheiro que penetra em mim
Trazendo a brisa da curva
E que me faz ansear, enfim
Um momento negro na história
Onde o vilão teve um final feliz
E o mocinho chorando sem memória
Em um compasso que nunca quis
Mas talvez seja o início da estória
De um amor que não seja infeliz
E a morte não levará embora
O que lutou para ser feliz
E a nuvem que era negra
Transborda chuva que me faz sorrir
E os ventos que fazem a glória
Sopram a dança dos desesperados
Que dançam nublados
No céu escuro e penetrante
Fazendo a tempestade cair
Linda, leve e saltitante
A chuva me faz sorrir
Nublado
Meu mundo ficou
Quando não pude encontrar você
Nublado, mas a chuva não cai
Pra lavar essa sensação de mim
Parece que a dor apenas começou
Mas sei que ela pode ter um fim
Basta o céu limpar
E as nuvens deixarem de dançar
Quem sabe no final história
Eu tenho o direito de Amar
Nublado me fez entristecer
Numa sinfonia sem final feliz
Nublado são nuvens que dançam
Numa dança que nunca tem fim
Mas quem sabe o azul voltará
E com ele a esperança
Pra trazer de volta pra mim
Tudo aquilo que não me pertence
Mas sei que posso encontrar
Nas eternas noites que não durmo
Esperando a morte fechar meus olhos
Levar minha alma pro fim
E finalmente
Um final Feliz
Pra quem espera apenas que descanse
Em uma marcha num dia nublado
O sol não aparecerá
Nesse dia que parece noite
E que darei meu último adeus
Para tudo que aqui ficou
Nublado, o céu voltará
E para as nuvens. É pra lá que eu vou
Wilton Black
Poema sem nexo, mas que surgiu do nada, portanto se não tem sentido, a culpa não é minha
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