Na última quinta-feira, 15/05, os londrinenses tiveram a oportunidade de irem ao lançamento do longa: " Hoje eu quero voltar sozinho", filme alternativo baseado no curta " Eu não quero voltar sozinho". A estreia se deu às 20:30 hrs no Cine Contour.
O filme dirigido por Daniel Ribeiro era muito aguardado, e eu era um desses ansiosos que contavam os dias pra vê-lo nas telonas. É claro que a ansiedade nasceu logo quando vi no Youtube o curta, que é simplesmente encantador. O engraçado é que o tema sexualidade não é centro das atenções no filme. O foco são as descobertas e a independência que se tornam realidade na vida dos adolescentes.
Pra quem não conhece a trama, o filme e o curta contam a história de Leo ( Guilherme Lobo), um garoto cego que em meio às descobertas comuns da adolescência, lida com sua deficiência e com a paixão por um novo colega de classe, o Gabriel, interpretado por Fábio Audi. Entre a vida "comum" de um adolescente, Leo e Gabriel criam um laço que vai além da amizade. Entre os dois, está Giovana ( Tess Amorim ). Melhor amiga de Leo, ela se envolve nesse triângulo, quando percebe ter ciúmes de Leo com Gabriel. Entre a busca por liberdade e independência, o longa vai se construindo conforme as personagens crescem e assumem as diferenças que existem entre eles.
Além do fator sexualidade na adolescência, o filme trata sobre a tão sonhada independência e também sobre preconceitos. Neste longa o preconceituoso não é o vilão. Ele é simplesmente um babaca que quer ser engraçado. A história de Leo e Gabriel é retratada de uma forma simples e pautada nas descobertas. A medida que eles se percebem e criam um laço, o genuíno amor e o desejo são encarados de forma natural.
Algo interessante é o fato do personagem principal ser cego. Esta característica foi tema também de preconceitos e de motivação de um conflito de Leo com os pais.
Outro ponto forte é a paixão sem a troca de olhares. Você consegue perceber o surgimento dos sentimentos com a forma como os toques se tornam importantes e com a ansiedade de ver um ao outro. Amor além de estigmas preconceitos e ideais.
Outro ponto forte é a paixão sem a troca de olhares. Você consegue perceber o surgimento dos sentimentos com a forma como os toques se tornam importantes e com a ansiedade de ver um ao outro. Amor além de estigmas preconceitos e ideais.
" Hoje eu quero voltar sozinho" é um filme com uma beleza tão singela e
terna que é difícil não sair do cinema meio que apaixonado pelo longa.
Se o curta já foi capaz de seduzir milhares de pessoas ( diga-se de
passagem que conheço vário estrangeiros que o conhece ), o longa vai
apaixonar. A relação do primeiro amor vista sem malícia. Como é se
apaixonar sem a troca de olhares? A inocência e a independência. O filme
só peca com alguns espaços vazios e diálogos desnecessários, mas
complementa esses erros com uma trilha sonora incrível e atuações
ótimas. Pra um filme alternativo e de pouca "grana", é um sucesso o que
esse filme pode fazer. Sem preconceitos e com amor, isso eu diria pra
quem vá assisti-lo.
Em Londrina, o filme continuará em cartaz até o dia 28 de maio com sessões às 16 hrs, nos finais de semana, e às 20:30 hrs durante a semana. A seguir segue o curta pra quem ainda não viu:
Um filme realmente encantador, adorei *_*
ResponderExcluirFiquei embriagado com cada cena do filme, a ponto de precisar rever o curta e sentir comprometida a devoção que tinha por ele - isso pq, de repente, este me pareceu um resumo injusto de uma história que precisava mesmo de horas p ser contada. Tudo me pareceu acertado daquele jeito que só as obras primam combinam: roteiro bem escrito, personagens inesquecíveis retratados por atores carismáticos e uma direção cuidadosa de mãe que tem orgulho de ver o filho crescer. Fazia tempo não saia tão feliz do cinema. Claro, esse sentimento pode ser só uma primeira impressão deslumbrada de devoto.
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