Mesmo que não seja objetivo do blog, vou postar alguns dos meus trabalhos da faculdade, sejam eles resenhas, textos, criticas, reportagens, matérias de rádio, TV ou mesmo crônicas. Todo o trabalho que tenha um cunho mais " cientifico" ou mesmo de produção em Jornalismo, curso que frequento, será apresentada na tag " Black News", traduzindo ao pé da letra seria notícias negras, mas que no contexto, quer dizer que são notícias "minhas".Espero que gostem, mesmo sendo textos mais de academia, são interessantes, e valem a pena fazer a leitura. Esta resenha é sobre o documentário " War Photographer", curta que assisti juntamente com meus colegas de turma, que narra o cotidiano do importante fotógrafo americano James Nachtwey. É um ótimo documentário, mesmo sendo em inglês, e ainda não apresentando legendas em português, é legal assisti-lo, pelo menos com legendas em espanhol. Boa leitura.
FICHA TÉCNICA
Título: War Photographer ( Fotógrafo de Guerra)
Direção: Christian Frei
Estrelando : James Nachtwey, Christiane Amanpour, Hans-Hermann Klare , Christiane Breustedt, Des Wright, Denis O'Neill
Gênero: Documentário
Ano: 2001
96 minutos
James Nachtwey |
O ducumentário “ War Photographer” dirigido por Christian Frei, é uma narração real do cotidiano de um dos fotógrafos mais premiados e reconhecidos da atualidade, o americano James Nachtwey. Com uma linguagem diferenciada, focada na prática do fotojornalismo de guerra, o documentário, que tem duração de 96 minutos, nos mostra cenas de guerras, destruição, pobreza, dor e conflitos em cenários decadentes que procuram exibir o outro lado da fotografia, a realidade destes conflitos.
O diretor é Christian Frei, um suíço de 52 anos que é conhecido pelos seus documentários que procuram sempre retratar a intolerância e o medo humano. Atualmente trabalha em um projeto de produção de um longa sobre a guerra do Afeganistão.
O documentário inicia-se com James em uma casa pegando fogo em Kosovo, fazendo seu trabalho, o de tirar fotos. O crepitar do fogo demonstra a destruição que assola o lugar. James tira várias fotos, e o barulho do “click’ se mistura com o do fogo.
Durante o filme vários jornalistas, editores e amigos contam um pouco da experiência que viveram com Nachtwey, sempre o retratando como um homem simples, apaixonado pelo seu trabalho e incansável. Em uma das cenas, uma das principais características do fotógrafo é apresentada, o perfeccionismo. A cena mostra Nachtwey em seu laboratório fotográfico analisando a reprodução em tamanho de pôster de uma das suas mais famosas fotos, a da cabeça de uma criança negra, e ao fundo a destruição que toma conta do lugar em que ela se encontra. Nachtwey pede para o laboratorista refazer a imagem diversas vezes, sempre procurando mostrar ou dar enfoque para alguns detalhes, como por exemplo, o céu ao fundo do garoto.
Foto: James Nachtwey |
Duas cenas que chamam atenção são a de um enterro fotografado por James, a dor dos parentes, especialmente da possível mãe do morto em combate, e a cena em que os editores do periódico em que o fotógrafo trabalha recebem suas fotos, as analisam e escolhem as mais “ chocantes” para a próxima edição.
Uma característica que particulariza o documentário e retrata de forma mais dinâmica e próxima da perspectiva do fotógrafo, é as imagens produzidas por uma pequena câmera colocada logo acima da máquina fotográfica que Nachtwey geralmente utiliza em seus trabalhos. A partir das imagens produzidas o espectador pode perceber melhor o olhar que ele possui e também a forma como ele trabalha, sempre o mais próximo possível, de forma ágil e silenciosa.
O documentário também apresenta o depoimento de James sobre o seu trabalho, e um pouco sobre sua vida pessoal, mas sempre com foco em seu trabalho. O foto jornalista possui um apartamento em Nova Iorque, mas, pelo que se percebe, pouco tempo ele passa neste local, pois sempre está viajando a trabalho. Em seu depoimento James fala sobre sua decisão de se tornar fotógrafo de guerra, profissão que exerce desde 1980, e conta como se sente com relação a tudo o que já presenciou. Ele afirma que é necessário alguém para divulgar o que acontece no mundo, e este é o seu papel.
As fotos produzidas por Nachtwey são na maioria em preto e branco, e por se tratarem sempre do sofrimento e da dor, representam o luto em imagem. James acredita que por mais que o que faz seja profissional, é impossível não se chocar, ou se relacionar com o que se retrata ou com quem se retrata, e este é um dos temas discutidos no documentário.
A partir destes enfoque o documentário acompanhando os trabalhos de Nachtwey em vários lugares do mundo, desde a África do Sul, Indonésia e Kosovo.
Um dos trabalhos do fotografo que também é retratado é quando ele passa alguns dias com uma família indonésa que vive na pobreza em baixo de um viaduto e ao lado de uma linha de trem. James fotografa o cotidiano, as dificuldades e o sofrimento da família, que é constituída por três crianças, a mãe e o pai que possui apenas uma perna e um braço.
Foto: James Nachtwey |
Para finalizar também é mostrado o trabalho de James retratando a vida profissional de um grupo de trabalhadores de uma mina na Ásia.
Com uma trilha sonora condizente com o tema retratado, e com um toque profundo, o documentário é capaz de horrorizar o espectador e também emocionar.Direcionado para estudantes de jornalismo, mas também para todos que se interessem por história, ou mesmo pela vida humana.
A principio o foco central do documentário em questão é o retrato da vida profissional de James Nachtwey, partindo da prática do fotojornalismo de guerra, e sua produção. Muitas vezes, se percebe que este foco vai além da vida de James, e procura retratar bem mais do que as lentes do famoso fotógrafo alcançam. O foco é na verdade o sofrimento humano, e tudo que fica além de uma imagem. As dores, a morte, a fome, a decadência, fragilidade, medo, o luto. Todos estes contextos apresentados por meio de imagens, que ilustram as páginas de jornais e revistas de todo o mundo, mas que apenas contam um momento, um instante de vidas que sofreram por toda a sua caminhada. O documentário foi premiado com vários prêmios e chegou a ser indicado ao Oscar em 2002, o principal prêmio de cinema.
Foto: James Nachtwey |
Will, amei o post *__*
ResponderExcluirFiquei feliz ao saber que agora você comece a postar alguns trabalhos da faculdade, ainda mais hoje que fala sobre fotografia e problemas sociopolíticos. Muito interessante mesmo.
Parabéns pelo trabalho
interessantíssimo, expor esses trabalhos acho que só irá acrescentar ainda mais nesse blog incrível seu, e agora, pow fiquei foi com vontade de ver o documentário!!!
ResponderExcluirNem sei o que dizer direito...Adorei sua postagem!!!
ResponderExcluirGostei muito vou assistir o Documentário!
ResponderExcluirBaixar o Documentário - Fotógrafo de Guerra - http://mcaf.ee/arbcg
ResponderExcluiramei
ResponderExcluiramei
ResponderExcluiramei
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